Porque a letra vem primeiro

Em postagens anteriores, falei sobre a busca por uma identidade artística e o reconhecimento da própria história. Embora essas publicações possam parecer independentes, considero a segunda uma continuação natural da primeira — seu complemento. Admiro profundamente artistas que constroem sua arte a partir da estética ou da técnica. Nem preciso citar nomes: eles estão espalhados por todas as minhas referências ao longo dos anos. No entanto, ao revisitar minha discografia autoral — especialmente com In Pace , Waiftown e Heavinna — percebo que essas motivações, por si só, não bastam para que eu me conecte verdadeiramente com minhas próprias composições. Não é uma questão de técnica, produção ou estilo. O que falta é identificação genuína — uma base sólida que represente quem eu sou. Por muito tempo, acreditei que o problema estivesse na minha voz, ou nas diferentes fases em que compus as músicas que hoje estão nos serviços de streaming. Mas entendi que isso tudo são nuances de g...