A transcendência através da arte

Já escrevi alguns textos onde cito a tal transcendência, e li outros tantos sobre o tema. Isso porque, durante grande parte da minha vida, busquei entender os motivos que me fizeram tão aficionado por música — a ponto de deixar todo o resto em segundo plano. Para se ter uma ideia, aprendi a ler partituras e a tocar violão ao mesmo tempo em que aprendia a ler e escrever na escola. O encantamento começou cedo: fiquei impressionado com os “tiozinhos” da igreja tocando nos louvores e desejei fazer aquilo também. Mais tarde, ao assistir ao Metallica no Grammy de 1989, decidi que queria montar uma banda de heavy metal. A música me seduziu por um sentimento que extrapolava a razão. Naqueles tempos juvenis, eu sequer cogitava uma profissão ou tinha qualquer preferência racionalizada sobre assuntos importantes. Mesmo tendo alguns tios que tocavam instrumentos de forma amadora, a arte — seja música, literatura ou qualquer outra — nunca foi algo valorizado no seio da minha família. Foi a parti...